No dia 04/01/2013, com o coração na mão e
desejando ficar por pelo menos mais uns 6 meses, deixei Koh Tao. Havia fechado em uma
agência um pacote que incluía um ferry de aprox. 3 horas com destino a Chumphon
e de lá um ônibus de aprox. 8, 9 horas até a rodoviária de Bangkok. Paguei cerca
de 1400 baht nesse pacote (ferry+bus, aprox. 47 U$). Meu vôo de volta ao Brasil
era dia 06/01 à 01:15hrs, ou seja, eu teria de estar no aeroporto por volta das
23 hrs do dia 05/01, por isso decidi voltar para Bangkok com um dia de
antecedência, para evitar imprevistos com eventuais atrasos e para fazer
comprinhas no Chatuchak Market e conhecer os atrativos do complexo Siam
Paragon.
Pois bem, a viagem de Koh Tao a Bangkok,
apesar de cansativa, foi engraçada. A começar pelo ferry lotado de gente onde
eu não conseguia achar nem um espacinho no chão para eu sentar. Larguei meu
mochilão no compartimento de bagagens e comecei a subir os andares do barco a
procura de um pedaço de sombra fresca para eu fazer minha viagem
tranquila, quando me deparo com uma sala toda ajeitadinha, com ar condicionado,
e com várias poltronas livres. Pensei: Nossaaa, acho que ninguém descobriu essa
cabine ainda e eu tenho muita sorte mesmo!! La fui eu toda feliz e saltitante me
jogar numa daquelas poltronas grandonas de couro com uma tv de lcd de 42 polegadas na
minha frente e ar condicionado geladinho. Acho que passou uma meia hora. Foi o tempo suficiente para eu pegar no sono quando uma
moça não muito simpática com uniforme da empresa do ferry me acorda e diz: “350 baht lady!”. Eu abri um olho, olhei pro lado, abri o outro e perguntei
“What??”. É, eu tinha entrado numa cabine vip onde para viajar nela eu teria
que pagar 350 baht. Droga, alegria de mochileiro duro dura
pouco! Hahaha Claro que eu não ia gastar mais grana pra ficar no bem bom nem a
pau. Pedi desculpas à moça e me retirei da cabine pagando maior mico, mas
morrendo de vontade de rir de mim mesma.
Chego em Chumphon 3 horas depois. Chumphon parece ser mais um pedacinho dos muitos
paraísos perdidos da Tailândia. Mar limpo e aquele cenário de vida mansa. Que droga, eu
não queria embora por nada.
Após esperar o ônibus que (claro) atrasou
por 2 horas, embaixo de um sol escaldante, sem sombra e sem comida, la fui eu.
No píer onde todos aguardo o ônibus até tem um restaurante, porém eu
tinha um mochilão de aprox. 15 kilos nas costas e uma mala de rodinha quebrada
para arrastar no meio de uma multidão até chegar no restaurante. Teria que
deixar as malas em um canto longe do meu raio de visão e poderia demorar tempo
suficiente para que meu ônibus chegasse e eu perdesse-o.
Então, desisti da comida, e me mandei com fome mesmo. O ônibus não
era leito nem tinha luxos, era simples porém dava para o gasto. Além do mais
tinha um alemão muito simpático sentado do meu lado com o qual fui papeando boa
parte do caminho. Mais uma vez, não me recordo seu nome (minha memória para nomes
é terrível), mas ele era um doce, tinha amigos brasileiros, sabia falar algumas
coisas em português e adorava a minha cultura. Aliás, essa parte de conhecer
gente diferente, essa troca de experiências e contato com culturas diferentes é
para mim uma das partes mais fascinantes de todas as viagens. Quando você
viaja, existe um mundo inteiro de descobertas e aprendizado esperando por
você. A menos que você não queira. =) Ah e foi na parada que esse ônibus fez
que eu comi o meu primeiro hot dog sem pão. Sim, o ônibus pára num lugar
estranho, cheio de comidas estranhas e pessoas mais ainda, hahaha. Meu estômago
já estava virado do avesso de suportar o tempero asiático durante 20 dias, e a
refeição mais “normal” que consegui
achar no local foi um hot dog com fritas e coca-cola. Acontece, que o
hot dog vinha sem pão. Hahahaha Isso mesmo. O letreiro era até atraente, mas quando fiz meu
pedido a menina me deu um salsichão em um espetinho de churrasco, que ela jogou
dentro de um saco plático com catchup melecando tudo. A maior farofada. O
motorista já havia ligado o ônibus e seus faróis, deixando claro que partiria
em poucos instantes. Tive que levar o saco plástico com salsicha e catchup pra
comer dentro do ônibus. E claro, eu me babei e me lambuzei inteira e paguei o
maior mico na frente do alemão gente boa! Hahahaha
Cheguei em Bangkok por volta das 22:00hrs.
Como já sabia que chegaria de noite, havia reservado um hotel pelo aplicativo
do booking.com. Nessa noite, fiquei no Siam Star, um hotel localizado na área
central da cidade. Bonzinho para passar 1 ou 2 noites no máximo, mas caro para
as minhas expectativas e a recepcionista era uma arrogante com má vontade.
E então meu celular pisca, era uma mensagem da
Katiussia, uma brasileira que conheci em Phi Phi. Eu e a Katiu fizemos amizade e ela viajou
comigo praticamente todo o trecho das ilhas do sul, de Phi Phi a Phangan. Uma
companheira e tanto. Com certeza uma amizade que ficará para sempre, e que sei
que ainda nos encontraremos em muitos lugares por esse mundo a fora =) Ela
estava em Bangkok, e decidimos sair e curtir minha última noite na Tailândia. Eram
23hrs nós marcamos de nos encontrar no Lebua State Tower, onde fica o Sky Bar
(o bar que falei no primeiro post, onde foi gravado o filme Hangover II).
Era a
nossa primeira vez no lugar, ficavam as duas olhando igual retardadas para a
beleza e luxo do hotel e do restaurante. Entramos no sky bar e ficamos um tempo
de boca aberta com a vista noturna de toda a cidade. Lindo de se ver, de um
prédio tão alto. Imagino que de dia deve ser extraordinário, mas não tive tempo
de retornar lá antes de partir. Porém, o sky bar é um lugar legal pra você ir,
admirar a vista, bater umas fotos e só. Os funcionários e garçonetes são
extremamente chatos e não deixam você tirar foto naquela escadona legal e nem
nos lugares onde transitam as pessoas. São cheios de frescura. Até para sentar
no restaurante para consumir, só era possível se você estivesse hospedado no
hotel, o que achei um absurdo. Mas enfim.
No sky bar, a faixa de preços dos drinks eram de 400 baht para cima
(aprox. 14U$). Ok, apesar de caríssimo, eu até tava disposta a tirar o
escorpião do bolso e experiementar uma bebidas diferente, mas
essa saga foi impossível. O atendimento é péssimo, abordei 4 garçons diferentes
que diziam “Just a moment lady!” e desapareciam para sempre. Um descaso total com qualquer
pessoa que não fosse hóspede daquele hotel. Por isso, me decepcionei um pouco
com o local, mas ainda assim vale ir uma vez, pois a vista é bem bacana.
Conhecemos dois brasileiros que moram na Holanda, com os quais papeamos por um tempo, único fato que nos fez ficar um pouco mais de tempo no sky
bar. Depois, decidimos descer e jantar no restaurante em frente enquanto
conversávamos sobre nossas viagens e ela me contava sobre os meses em que ela
viveu na Austrália, só aumentando minha vontade em passar um tempo no país.
(Vista lá de cima)
(Sky bar lotado)
(Do Sky bar)
(Eu com a Katiu)
Dia 05.01, por volta das 8:00hrs eu já estava
de pé pegando um taxi para o Chatuchak Market. De fato, se você quer fazer
comprinhas e não abre mão de levar pra casa lembranças que você só encontrará
na Tailândia reserve o último dia da viagem somente para isso. O
Chatuchack Market sem dúvidas é o mercado com melhor preço de Bangkok e lá você
encontrará de tudo, tudo mesmo que puder imaginar. Camisetas masculina e feminina com um milhão de estampas diferentes, lenços de seda, roupas, roupa
de cama, mesa e banho, estatuetas, souvernirs diversos, porta retratos,
bijouterias, luminárias e artigos de decoração são poucos exemplos do que se
acha por lá. Salvo engano, existem mais de 9 mil barraquinhas e lojinhas nesse
mercado. É impossível conhecer tudo de uma vez. Lá eu comprei uma mochila
grande para colocar as coisas que eu comprei e ainda assim faltou espaço. Salvo engano esse marcado funciona nos finais de semana e as barraquinhas começam a abrir as 8hrs da manhã, mas são bem poucas, a grande maioria só abre depois das 08:30 ou quase 9hrs. Outra
coisa, NÃO deixe de experimentar o sorvete de côco que tem lá, servido no
próprio côco. É o melhor do mundo! Você vai me agradecer depois! Hahaha
Saí do Chatuchak por volta do meio dia e
peguei um táxi pedindo ao motorista que me levasse de volta ao hotel para
deixar a mochilona pesada para depois seguir para o Siam Paragon. Depois de
voltas e mais voltas o taxista pára em um lugar completamente diferente do endereço
que eu havia pedido, isso porque mostrei a ele na tela do meu celular o
endereço anotado tanto na letra tailandesa quando na nossa escrita ocidental! Enfim, isso acontece mesmo na Tailândia, como eu mencionei no post sobre transportes em Bangkok, a maioria não fala inglês e muitas vezes eles
fingem que te entenderam só para não perder a corrida, exatamente o que havia acabado de acontecer comigo. Pois bem, quando percebi
que ele nao ia me levar de volta para o hotel fiquei furiosa e não vi nenhum
outro taxi em volta. Respirei fundo e então pedi a ele que me levasse direto ao Siam Paragon.
Pensei, ferrada ou ferrada e meia não fará diferença, já estou cansada de andar
a manhã toda embaixo de um sol escaldante com mochila pesada nas costas, que
mal tem andar a tarde também não é mesmo? Lá pelo menos terá ar condicionado... É, eu não
fazia ideia de quantos dias minha coluna iria doer por causa dessa
brincadeira.
Enfim, cheguei ao complexo Siam Paragon. O Siam
Paragon é um complexo gigantesco que forma o shopping mais luxuoso de Bangkok,
onde os tailandeses endinheirados torram seus bahts e passam o tempo. Pra falar a verdade é o único
shopping que vale a pena ir em Bangkok mesmo que você não vá gastar nada, pois há
várias coisas para se fazer e conhecer dentro dele. Para quem se interessar, lá você encontrará diversas
grifes como Armani, Chanel, Kelvin Klein, Dolce e Gabana, etc. Claro tudo
caríssimo, não dá nem pra cogitar em comprar. Ah, meninas, lá também tem a
Sephora, mas com preços simplesmente inacessíveis! A maioria das coisas estavam mais
caras que a Sephora do próprio Brasil.
Mas o que vale mais a pena conhecer no Siam
Paragon é o aquário Ocean World e o museu de cera Madame Tussauds. São duas
atrações muito legais que, apesar de não serem baratas, valem a pena.
No Ocean World tem uma parte onde você entra de barquinho dentro de um aquário
com tubarões gigantescos e têm várias espécies de animais que você jamais
imaginou que existia, como essa da foto abaixo. Não vou lembrar nunca o nome
desse animal, mas parece uma mistura de peixe com dragão, dá um conferes:
Ainda dentro do Siam Paragon, fui ao museu de cera Madame Tussauds onde encontram-se diversas celebridades da música e do cinema, feitos em bonecos de cera de uma perfeição inacreditável.
Deixei o Siam Paragon por volta das 18:30 de tuktuk, enquanto aproveitava os últimos minutos daquele caos delicioso daquela cidade, e aquele vento de verão gostoso que vinha de encontro ao meu rosto, trazendo aromas doces e agradáveis que marcaram essa terra maravilhosa, que vão ficar para sempre em minha memória. Eu tinha que partir, mas com certeza dizendo "até breve". “Gosto de quero mais” é pouco para definir o aperto de ter que ir embora daquele lugar.
Espero ter ajudado,
Abraço
=)
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