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Quem sou


 “Aqui estão os loucos. Os desajustados. Os rebeldes. Os criadores de caso. Os pinos redondos nos buracos quadrados. Aqueles que vêem as coisas de forma diferente. Eles não curtem regras. E não respeitam o status quo. Você pode citá-los, discordar deles, glorificá-los ou caluniá-los. Mas a única coisa que você não pode fazer é ignorá-los. Porque eles mudam as coisas. Empurram a raça humana para a frente. E, enquanto alguns os vêem como loucos, nós os vemos como geniais. Porque as pessoas loucas o bastante para acreditar que podem mudar o mundo, são as que o mudam”. (Steve Jobs)

A ideia de fazer um blog com relatos de viagens surgiu depois que voltei da minha mochilada pelo sudeste asiático, onde fui sozinha, somente com passagem comprada, dinheiro contado e um arquivo em word montado com dicas e informações colhidas em mais de 70 blogs e sites diferentes. Sem a ajuda dessas pessoas responsáveis por esses sites, de coração aberto e alma livre, dispostas a ajudar, eu não teria conseguido concluir um sonho.

Um sonho que me fez perceber que posso ir muito além das limitações e padrões impostas por mim mesma durante boa parte da minha vida. Uma bagagem de aprendizados e experiências indescritíveis. Viajar é lapidar a alma e dar a ela uma cor diferente. Porque quando a nossa zona de conforto começa a ficar muito grande, é sinal que o nosso mundo também está ficando pequeno. É hora de cair na estrada, fechar o rol de protocolos e "pré-conceitos", e abrir-se a um mundo novo disposto a te surpreender.

Desta forma, decidi que precisava passar adiante e dar continuidade aquilo. Qualquer dúvida ou informação que não tenha ficado clara, entre contato comigo. Terei o maior prazer em ajudá-lo em seu roteiro.


A primeira vez que saí do Brasil foi no ano de 2008, quando fui à Bariloche na Argentina. Estava com meu namorado (na época), foi uma viagem muito gostosa, vi neve pela primeira vez, era uma criança descobrindo o mundo. 

A vontade de conhecer outros lugares só aumentou, porém eu era nova, tinha 19 anos, cursava faculdade de Direito e fazia estágio. E mal ganhava para pagar a coxinha do lanche, rs.

Mais tarde então, as coisas começaram a melhorar um pouco, me formei, consegui meu primeiro emprego de verdade onde conheci a Karina, uma pessoa muito querida que foi minha colega de trabalho durante alguns anos, e grande companheira quando topou minha idéia de ir ao Peru para conhecer a esplendorosa e enigmática Machu Picchu. 

Aqui foi quando comecei a conseguir planejar melhor minhas viagens. Eu escutava histórias de amigas viajando pela Europa, fazendo curso de espanhol em Salamanca, mostrando fotos na Torre Eiffel e achava aquilo bonito. Mas nada me fascinava mais do que olhar fotos das pirâmides do Egito, dos templos budistas Tailandeses, do Taj Mahal, de Machu Picchu, das praias paradisíacas da Ásia, dos cenários surreais do Chile e Bolívia, e da magnífica fauna dos safaris africanos. Nada me fazia sentir com os pés mais desgrudados do chão do que  me imaginar em todos aqueles lugares considerados “exóticos” ou "esquisitos" pela maioria.

Não que eu não goste da Europa, muito pelo contrário, quero sim conhecer e ver de perto sua arte e história, e irei tão logo que possível. Acontece que existem outros lugares que realmente me fascinam e me comovem. Ao meu gosto, a Ásia é o pedaço mais intrigante do planeta, de uma cultura e religião na qual eu me identifico tanto, e eu não vou parar enquanto não percorrer cada pedaço daquela terra.

Porém, estávamos em meados de 2011, apesar das condições financeiras um pouco melhores, eu ainda  não tinha dinheiro pra cruzar os sete mares e chegar ao outro lado do mundo. Tinha a Karina na minha mesa ao lado e uma semana de férias a tirar em janeiro de 2012, quando então decidimos ir ao Peru.

A viagem ao Peru, apesar de curtinha, sem dúvidas foi um divisor de águas em minha vida, em diversos aspectos. Se eu pudesse definir essa viagem em uma palavra eu diria “Superação”. Superação física, emocional e espiritual, que resultaram em um aprendizado enorme, me levando a rever muitos conceitos em diversos setores da minha vida.

No ano seguinte, 2013, decidi que eu cruzaria o globo até a Ásia para então realizar outro sonho antigo: conhecer as praias paradisíacas da Tailândia, e sua fascinante cultura. Acredito que assim como para muitas pessoas, depois do filme “A Praia” lançado no ano 2000 e protagonizado por Leonardo Di Caprio na majestosa Maya Bay, em Koh Phi Phi, a vontade de conhecer o país tomou forma, cor e proporção jamais esperada.

E após 13 anos de espera, embarquei em um vôo com uma escala de 6 horas na África do Sul, que foi suficiente para acariciar leões albinos, dar comida para girafas e deixar um gosto de quero mais África. Já no continente asiático, aproveitei e dei um pulo rápido no Camboja, lugar que primeiro me assustou, mas me fez rever muitos conceitos e idéias defasadas sobre o mundo e sobre eu mesma. Os 2 rápidos dias em que estive naquele país me fizeram ter mais uma certeza em minha vida: eu preciso voltar lá.

Depois veio o deleite da Maya Bay, o agito de Phi Phi e Pha Ngan, a beleza estonteante das águas de Koh Tao e, após 21 dias mochilando pelo sudeste asiático, estou eu aqui de volta a minha terra natal. “...o pino redondo no buraco quadrado (...)que não aprecia regras. E não respeita o status quo (...)”. 

Hoje sou alguém incapaz de voltar para a vida antiga que eu levava, onde eu fazia algo que eu não gostava, para chegar a um lugar que eu não queria, tudo isso porque, um dia, pessoas não menos inteligentes que eu disseram que eu tinha que fazer "o que era certo" e que felicidade e prazer jamais poderiam ser unidos à palavra trabalho. Hoje eu não acredito nisso, e em nenhum protocolo social.

Viajar me trouxe e me traz uma bagagem maravilhosa, uma alta carga de conhecimentos adquiridos em curto espaço de tempo, que me permitem ir muito além dos conceitos que eu sempre tive sobre a vida e sobre mim mesma. Por isso, decidi compartilhar com vocês esse turbilhão de experiências que eu tenho vivido, bem como informações importantes para quem está planejando um roteiro.

Tudo aqui relatado é escrito única e exclusivamente a partir da minha experiência pessoal. É possível que outras pessoas tenham passado por mesmos lugares e tenham tirado outras conclusões, impressões e sensações. Aqui estão as minhas, espero ajudar. =)


Espero que curtam,

Abraço!

3 comentários:

  1. Adorei suas palavras e seu exemplo... Parabéns !
    Encontrei voce no mochileiros.com e fiquei curioso... rsrs...
    Estou prestes a começar minha jornada...
    Não sei prá onde ainda.... nem como... sei que é prá lá ! Prá lá !
    Começo por aqui... nordeste...sudeste... muita coisa linda prá ver e adoro dirigir... só ou não...
    Depois.. Roma... Egito... Grécia... coisas relacionadas ao tempo me fascinam !
    Um grande abraço !
    Armando
    armandoajr@ig.com.br

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    1. Armando,

      Que bom que curtiu, obrigada!
      Vai mesmo, viajar é a melhor coisa, não existe nada igual!

      Abçs

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